Os Retalhos do Arlequim...

Foi não... tá sendo CARRÊGO... O lance é que a gente já vinha em uma maratona danada. Os shows (os 3) acertados com o Centro Cultural Banco do Nordeste nos consumiu sem pena. O último então... A gente tinha de resolver o lance do "CORDEL", pois o "ROCK" não era problema. Participar do RockCordel levando pro palco o gosto de Sertão mas sem descarcterizar em nada o caráter rock da banda. Foi feito. Um sucesso. Descemos do palco e corremos de novo a se trancar no set de ensaios - lá na Universidade e não no NEC pois precísavamos de sossêgo e concentração - pra montar o carnaval. E olhe que cada um tem seus compromissos profissionais e familiares. Tudo bem. Vamos montar o repertório da Praça do Rock. O problema do Arlequim é que existem CINCO VERDADEIRAS ENCICLOPÉDIAS DE MÚSICA NA BANDA. Quando a gente se dá conta o set list já tá com 892 músicas... Aí tome corte. Um parto. Horas e horas... litros de café... maços de cigarros... Tudo pronto. Vamos montar as músicas. Ensaios TODOS OS DIAS... DIARIAMENTE MESMO. Acertar timbres, acertar convenções de bateria, estilos de vocalização, arranjar linha de baixo, teclados e guitarras... Aí vem a notícia faltando menos de duas semanas: o Arlequim toca duas noites na Praça do Rock. Pronto. Tava feita a merda. É QUE AQUI NINGUEM SE CONFORMA COM MÚSICA BOA FICAR DE FORA. Não dá outra. Vamos montar dois shows. Claro que muitas coisa se repete de um para o outro. Não que não se tenha músicas pra fazer dois repertórios completamente diferentes.... Mas é que tem coisa que não dá pra tirar... Por exemplo: se a gente tira o Medley "Cajazeiras, O Sertão e o Mangue" (Saora, Heavy Metal do Senhor, Quando a Maré Encher... lembra Amadinha???) a gente leva uma surra de um monte de gente... Mas tudo bem ... Vamos montar dois shows. Ontem a banda estancou. Não conseguimos mais. O ensaio não rendia. Cansados, já ensaiando sentados, estávamos a beira de um colapso, vontade de esganar um ao outro. Suspendemos tudo por dois dias. Afinal, é mania besta de fazer as coisas perfeitinhas. Tudo já tá pronto. Músicas montadas. Arranjos já fixados. Dois dias de descanso, quarta e quinta. Sexta e sábado a gente se reune em um TREINO RECREATIVO (hehehehe... coisa de quem entende de futebol...). Só aquecer os dedos, rever o equipamento, curtir em conjunto o fato de estar tudo pronto e "nos trinks". No sábado desmontamos o set de ensaios lá na Universidade. Também no sábado vamos encher o rabo de PIZZA COM O CAIXA DA BANDA QUE A GENTE MERECE. Vamos comemorar o fato de ter conseguido esse monte de coisa, vencido esse monte de trabalho como uma banda, como um grupo de amigos. Depois é só palco. É so Praça do Rock. É só consequência... Pôrra... que cansaço...

ps - enquanto essa novela acontece, o pessoal do Centro Cultural Banco do Nordeste, PESSOAS DE UMA SIMPATIA EXTREMA, DE UMA COMPETÊNCIA RARA, DE UMA EXTRAORDINÁRIA E DEMOCRÁTICA VISÃO DAS COISAS DA ARTE E DA CULTURA, se articula com a banda para o proximo show... já em março... se colar, dessa vez o Arlequim leva ao palco um pouco da História do Rock'n'Roll... década a década... vamos ver.

Praça do Rock 2008 - O que vai rolar...



Confirmado: O Alequim Rock'n'Roll Band faz duas apresentações na Praça do Rock 2008. Domingo (dia 03) e terça (dia 05), sempre abrindo a noite, a primeira banda portanto. Ou seja, deveremos subir ao palco por volta das 21:30 horas. No repertório um monte de novidades somando ao lado de "clássicos" da banda. Um medley Punk presta tributo a esse movimento tão significativo no contexto da história do Rock'n'Roll. E aí entram o Sex Pistols e o Ramones. Beatles tambem tem lugar no set list, assim como Scorpions, Ultraje a Rigor, Legião Urbana e o Raul, claro. Se a gente não tocasse logo algo deste último correríamos o risco de apanhar ... ehhehehehe... Vamos apresentar aos amigos e amigas a música do Clube dos Patifes, banda de blues formada na Universidade Federal da Bahia (Feira de Santana). Uma dos caras a gente vai fazer. E que música é "Sol no Topo"...
E as autorais tambem se encontram na festa. Umas poucas e bem pegadoras pra não atrapalhar a folia... Claro que aí está "Fantoches" que muita gente já cantarola... Também, com aquele refrão. Quer conhecer o refrão "grudento"??? Clica aqui e desça o DEMO PILOTO. É uma gravação-teste (22 segundos) feita somente com a uma guitarra e um bateria sampleada. Mas dá pra se ter uma idéia deste "hardão". Vái ensaiando aí em casa pra berrar junto com a gente...

"... sorria... gargalhe
pois alí na lona verde-e-amarela o palhaço sou eu
pois alí na lona verde-e-amarela o palhaço é você..."

Tudo certinho???
então a gente se vê na Praça




Um Baião Muito Doido...


Nossas mais efusivas e sinceras congratulações aos nossos irmãos do Baião de Doido, essa banda lutadora que mesmo aos trancos e barrancos sobrevive e muito bem, obrigado, pelo que vimos ontem. Os caras se apresentaram (quinta, 24) no Centro Cultural Banco do Nordeste (Sousa) abrindo o show do Cabruêra, tudo incluso na programação do RockCordel em sua versão 2008. Som encorpado, pesado e de fortes traços regionais, mas engastado no mais puro Hardcore em um repertório COMPLETAMENTE AUTORAL. Os arranjos são pra lá de firulados, convenções ultra "tortas" pra deixar qualquer amante do Progressivo com inveja. De parabens todo o Baião de Doido. A gente tem consciência das dificuldades que a banda enfrenta e tem certeza que dias estáveis virão.

Praça do Rock - um rápido desabafo

(por Paccelli Gurgel)
Pois é. Chegou, ou pelo menos está chegando, o momento tão esperado. A Praça do Rock. A Arleca vai tocar. Vai tocar com todo o vigor que lhe é característico. Afinal a banda nasceu com vistas a esse evento e a despeito de se apresentar em qualquer espaço (adequando o repertório, é claro), a nossa casa é a Praça do Rock. É alí onde nos sentimos plenamente realizados. É alí onde nossa música mais encontra ressonância. Mas sinceramente estamos profundamente magoados com o descaso dispensado ao que consideramos o diferencial do carnaval de Cajazeiras. A Praça do Rock é que faz a diferença, sim senhor e senhora. No Nordeste só conheço nossa Praça e o Festival Internacional de Jazz de Guaramiranga - CE que oferecem opção às formulas tão batidas utilizadas na Folia de Momo: pagode, axè, frevo, blocos, mela-mela e outras do tipo. Mas ninguem das "altas esferas" parece perceber isso. Os amigos e amigas nem imaginam os bastidores, o esforço de TODAS AS BANDAS pra manter aquilo alí funcionando. Para se ter uma idéia o Arlequim Rock'n'Roll Band não recebeu AINDA O CACHÊ DO ANO PASSADO. A importância de 225,00 reais parece que se constitui em uma quantia indisponível em caixa para pagamento DURANTE TODO O ANO DE 2007. Por extenso: DUZENTOS E VINTE E CINCO REAIS. Esse ano o cachê é de ... de... de... 100,00 reais. CEM REAIS. Os amigos e amigas sabem que o Arlequim não é uma banda profissional. Seus músicos não vivem de suas guitarras, teclados, baixo e bateria. Mas qualquer centavo que entre no caixa da banda é revertido para aquisição de material básico e de manutenção. Pra se ter uma idéia AS CORDAS DO CONTRABAIXO CUSTAM EM TORNO DE 100 REAIS, isso se for de uma marca popular. O cachê deste ano, portanto, deverá , se pago, cobrir as 4 cordas do contrabaixo do Diego. Mas tudo bem. Tenho certeza que NENHUMA BANDA LOCAL SE NEGARIA EM TOCAR, MEMSO DE GRAÇA, CONTRIBUINDO PARA MANTER AQUELE ESPAÇO, REALÇANDO MAIS AINDA O CARNAVAL DA CIDADE. Tenho certeza disso. Então gente, o mínimo que se podia esperar seria uma estrutura digna para que os artistas pudessem desenvolver alí seus trabalhos. Mas nem isso. O palco será o mesmo de sempre: AQUELE PALANQUE. Gente, quem está de fora pode achar frescura, mas o caso é sério. Aquele palanque é um perigo. UM PERIGO, REPITO. O ano passado os amigos lembram que no dia da apresentação da banda (primeiro dia) choveu e o Arlequim se recusou a tocar, fazendo-o no segundo (domingo). Alguns puderam pensar ser "charminho". NÃO FOI É NÃO É. Quando chove, AQUELE PALANQUE SE TRANSFORMA EM UMA TOMADA. CONTATO COM QUALQUER PARTE METÁLICA DELE É GARANTIA DE LEVAR UM CHOQUE. Qualquer desarranjo na parte elétrica e o excesso de energia sobe pelos cabos e acaba no corpo do músico, forte candidato a defunto. Sem contar o estrago que pode se fazer no material da banda pois a água escorre pra DENTRO do palco. Sabem quanto custa uma pedaleira das que a Samara usa? Em torno de 2000 reais. Mesma coisa com a de Paccelli. E os cubos amplficiadores? Imagina aí dois cubos, um de 120 watts e o outro de 100 watts quanto está no mercado. Um Meteoro e um Crate... Vou deixar vc pesquisar e nem precisa ir atrás dos instrumentos em sí.... Todo esse risco por ... 100 reais... ou por 225 reais não recebidos...
Soubemos o valor do projeto do Carnaval. O valor total a ser gasto em todo o Carnaval 2008. 250 mil reais aproximados. DUZENTOS E CINCOENTA MIL REAIS, REPITO. Aproximados, claro. E nós vamos tocar em um palanque que dá choque... E vamos TALVEZ RECEBER 100 REAIS DE CACHÊ. Se porventura alguém acreditar que exageramos no valor de 250 mil reais, faz o seguinte: reduza esse valor para, digamos 100 mil reais. E coloca aí dentro os 100 reais, CEM REAIS, do nosso cachê... que disparidade não ??? Amigos e Amigas. ISSO É UM INSULTO, UM ACINTE, UM TAPA NA CARA DE CADA UM QUE TRABALHA COM SEU INSTRUMENTO, GASTA COM ELE, ROUBA TEMPO DA VIDA PROFISSIONAL, FAMILIAR E SOCIAL PARA SE TRANCAR EM UM SET DE ENSAIO COM A PREOCUPAÇÃO DE UMA APRESENTAÇÃO DIGNA DO PÚBLICO QUE FREQUENTA A PRAÇA DO ROCK, UMA PERFORMANCE QUE NÃO DESMEREÇA O CARNAVAL DA CIDADE.
O Arlequim vai tocar. E só vai usar o microfone para falar de Rock'n'Roll, de alegria, de consciência social. Esse assunto desagradável não será tratado no palco pois demais respeitamos o público para fazê-lo. E afinal não estamos lá forçados. Mas gostaríamos que cada um soubesse em que condições nos apresentamos. Grande Abraço.

RockCordel - O Arlequim Faz o Público Rir.


Mágico... Foi mágico aquilo alí... O público ria, dançava, ouvia atentamente os arranjos firulados do bloco progressivo. Crianças acompanhadas dos pais estavam lá... A moçada rock pulou tanto que afundou uma grade de ventilação no piso do teatro. No palco o Arleca fazia chover distribuindo trovoadas... Pra se ter uma idéia, teve versos de Shakespeare e do Patativa do Assaré declamados ... Ver gente cantando "Fantoches" arrepiou a banda toda. Ingressos esgotados logo de início, fila de espera comprida.. No meio do show o Jofran (produtor do Centro Cultural) chama o Paccelli na lateral do palco... "Será que vai pedir pra gente parar de tocar??? o que foi que a gente fez???", pensava o guitarrista. O Jofran grita pra ser ouvido sob a montanha de distorção que rolava no momento: "Paccelli, anuncia que o Arlequim vai tocar de novo em março..."... Pois é . O Centro Cultural já agendava uma outra performance em março.... A banda já aceitou e, inquieta que só ela, já pensa em novidades cênicas... Mas deixa quieto. Agora a concentração é pra Praça do Rock, Carnaval 2008.
Muito obrigado a todo(a)s pelo carinho, pela alegria, pela confiança. O que o Arlequim tem de mais caro não são suas pedaleiras nem equipamento de palco (que são caríssimos mesmo): NOSSA FORTUNA É NOSSO PÚBLICO...
em breve as fotos e novos mp3 pra downloads


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Um ano de "Artista Destaque" no Garagem MP3


A gente nem acredita que daqui a dois meses completa um ano. Pois é. Um ano atrás a gente procurava um canto pra hospedar dois demos da banda. Coisa sem pretensão, gravação caseira, um deles apenas um fragmento. Achamos o Garagem MP3 e lá colocamos as músicas. Nem nos preocupamos com fotos ou outras firulas já que a intenção era disponibilizar aos amigos do Sertão alguma amostra que explicitasse a sonoridade do Arlequim. Dois dias depois o Paccelli foi lá pra, pelo menos, colocar o desenho do Arlequim e sua lágrima. Qual não foi a surpresa ao se deparar com o selo "artista destaque". Como era possivel??? o Garagem é um SITE NACIONAL. Lá está um monte de gente do país todo, muitos semi-profissionais e profissionais. Escrevemos para a organização do site que nos respondeu dizendo que uma comissão ouvia os trabalhos postados e destacava os principais. Daí o selo. Mas avisava que podia ser temporário. Que a medida que fossem aparecendo outros trabalhos o selo seria redistribuido. LÁ SE VAI UM ANO E O ARLEQUIM MANTEM O STATUS DE "ARTISTA DESTAQUE". Coisa boa pra gente que rala e muito.

clique aqui e leia o post original daquela época com o e-mail do Garagem.

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Inacreditável: Um Arlequim na malhação


Se fosse a Samara que é fissurada nesse lance de se cuidar e tudo o mais, ainda vá lá... Mas não. E também não é o Paccelli que já se conformou com suas formas abauladas. O fato é que tem um Arlequim se desfazendo em suor em uma academia de musculação local. O dito moço passou os últimos meses enchendo o balde de cervejas, comendo até pedras e agora quer recuperar a boa forma em poucos dias pra aguentar o rojão até o Carnaval.
Quem é????
Olha a gente é muito ético entendendo que a vida particular de cada um é sagrada. Se o cara que toca contrabaixo, na formação de palco da banda se coloca no meio do palco e faz o curso de História quer se matar numa esteira o problema é dele e não seremos nós, Paccelli, Samara, Jefferson e João Paulo que vamos ficar aqui a dizer nomes. Tudo em segredo...

HUAHAUHAUAHAUHAUAHAUAHAUAHAUHAUAHAUHAUAHAUAHA....

Correndo contra o relógio...

Compromissos pessoais que atingiram todos os membros da banda deixaram um calendário de ensaios super apertado neste começo de 2008. O tempo tem de ser bem aproveitado. Para tanto a banda desmontou o set de ensaios no NEC e se transferiu para local desconhecido e ignorado ... hehehehe... Pelo menos por enquanto pois o "barulho" já deve ter indicado a todos onde o Arleca experimenta seus sons...
Para o show "Germin'Roll" (Centro Cultural do Banco do Nordeste - Sousa), 2 dias para montar duas novas músicas e mais dois pra repassar todo o repertório. Descanso rápido após o show e uma maratona infernal de oficinas pra modelar o Carnaval. Sobre esse último, aguardem detalhes.

Germin'Roll - O Show

Amigos e Amigas

O Arlequim Rock’n’Roll Band se apresenta nesta quinta-feira, dia 17 do corrente, no Centro Cultural Banco do Nordeste (Sousa) dentro da programação da edição 2008 do RockCordel.O “Germin’Roll” é um show montado especialmente para o evento e tem características bem peculiares. A intenção da banda é mostrar ao público presente que é possível fazer o mais puro Rock’n’Roll adequando-o a características regionais sem abrir mão da sonoridade típica que emana das guitarras, contrabaixo, teclados e bateria. Em outros termos, serão feitas incursões à música nordestina, mas sem a utilização de instrumentos típicos desta musicalidade (exceção feita a um breve arranjo de flautas).
Segue o programa do show com alguns cometários.


“Germin’ Roll”
“Da terra não germina apenas a saciedade, mas também a música, pois que
não se quer só comida”





1 – Abertura: Beira-Mar de Guerra (Paccelli Gurgel)

O tom sombrio do sintetizador e os arranhos incidentais de contrabaixo marcam esses versos em decassilabos, cantados em formato de Beira-Mar, estilo bem comum nas cantorias de Pé-de-Parede. Somente esses instrumentos acompanham a voz nessa viagem do Paccelli Gurgel, autor da letra e da melodia.

2 – Medley Estradeiro - (Jumping Jack flash - Jagger/Richards / Cocaine
- J. J. Cale / Jailbreak – AC/DC / Born on The Bayou - John Fogerty).

Incidências: Acauã (L. Gonzaga) / Ponteio de Viola (domínio público)

Medley bastante conhecido no repertório da banda, traz a noção de liberdade na forma das motocicletas estradeiras. É o reconhecimento do Arlequim ao estilo de Rock'n'Roll que lhe é característico (junto ao Progressivo): o Hard Rock Tradicional. No meio da peça tem mais um verso de "Beira Mar de Guerra", além da incidencia de "Acauã" executada pela guitarra solo. E falando em solo, o medley finda com um ponteio de viola de domínio público inserido em "Born on The Bayou" clássico do Rock Rural do Creedence Cleareater Revival.


3 – Time / Breathe - (Gilmour-Waters – Wright – Mason)

Pode chover e trovejar e essas músicas não saem do repertório... heheheheh... O arrastar das horas, dos dias e dos anos a determinar a finitude de tudo e de todos


4 – Invernia: Uma Canção Progressiva em Três Movimentos (Paccelli Gurgel)

Mais uma viagem do Paccelli. Composta para o Spyros e por esse grupo executada pela primeira vez, essa música é fortemente marcada por arranjos progressivos, e dividida em três movimentos, como explicita o título. O tema central se remete a uma noite de chuva sentida a partir de um sonolento sertanejo em sua rede. É bem "RogerWateriana". Destaque para a cantiga de viola (2º movimento) e os solos viajantes.

5 - Medley da Terra (Morte e Vida Severina - Chico Buarque / Disparada -
Geraldo Vandré / Herdeiro do Pampa Pobre – Gaúcho da Fronteira).

Medley arranjado pela banda, aborda a questão do usufruto da terra no Brasil a partir de 3 clássicos da poesia constestatória. Os arranjos inicialmente progressivos se trasnformam no mais puro hard ao final da peça.


6 – Martelo Apocalíptico (Paccelli Gurgel)

Outra alucinação do Paccelli Gurgel. É um Martelo em Decassílabo, gênero bem nobre da Viola de Cantoria. Mas não se engane: o desvairado arranjou a coisa nos moldes do mais puro, sombrio e violento METAL. A letra é simplesmente APOCALIPTICA, quase declamada em tom bem baixo e sob um alucinante conjunto de riffs martelado no juizo de todo mundo pelo acompanhamento de uma bateria extremamente impactante. O peso e a densidade da música é interrompido lá no meio por um solo progressivo, composto em modal e de melodia tipicamente nordestina... Mas de uma tristeza de dar dó. Coisa ligeira e logo se volta a pegada principal. Segundo o João Paulo (bateria) essa música vai ser a queridinha da garotada metaleira. Realmente a melodia é cavernosa....

7 - Blues Up - (Paccelli Gurgel)

Outra do Paccelli, o "Blues Up" é tocada pela banda desde os primeiros tempos. A novidade é que a letra foi ampliada. O mote da música está na falsa impressão que todo blues tem de ser necessariamente melancólico. Esse é bem animadinho.

8 – Saga Insana – (Gilberto Álvares)

Música do Gilberto Álvares popularizada no repertório do Apocalipse. O Arlequim deu-lhe uma nova introdução onde no riff de entrada a guitarra solo faz umas firulas. O andamento da música foi acelerado um pouquinho deixando-a mais balançante. O Gilberto, nesta letra, trata da depredação do Planeta, das guerras e da incompreensão do Homem Moderno diante das coisas da Existência.

9 – Modus Vivendi – (Gilberto Álvares/Kleber)

Super clássico do Apocalipse, essa dispensa comentários. Foi mantido o arranjo original com um pequeno acrescimo no solo da guitarra, o que a diferencia da gravação orginal do CD (do Apocalipse, claro.)

10 – Medley Cajazeiras, O Sertão e o Mangue (Heavy Metal do Senhor -
Zeca Baleiro / Saora – Elinaldo “Naldinho” Braga - Quando a Maré
Encher
- Nação Zumbi)
Incidência: solo de Acauã (Quinteto Violado)

Esse medley nasceu de uma brincadeira nos primeiros tempos do Arleca e se tranformou na música mais pedida dos shows. Uma viagem do Sertão ao Mangue (beat), cheia de efeitos e com uma incidência muito especial: O solo de "Acauã" extraido da versão "armorial" do Quinteto Violado na década de 70.


11 – Fantoche - (Paccelli Gurgel)

Música de encerramento, composição do Paccelli Gurgel, é um "hardão" PEGADOR com um refrão "grudento". O autor devia estar (pra variar) puto com tudo e todos quando escreveu essa letra. Ela ironiza o país e sua "volubilidade", e , enquanto brasileiro, assume a condição de palhaço de uma elite descomprometida com o bem-estar da nação. Desce a lenha no povão e em sua "lúdica alienação", participantes passivos do "pão e do circo".

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